Chamam-lhes passeios de inverno,
pois mais nada têm para lhes dizer.
Fazem-se mais vezes que o simples caminhar,
é um desporto visto aos olhos dos adeptos,
caminhada sem fruto no orçamento,
mas com características físicas iguais á competição.
De mão dada passamos pela cidade,
e passamos pelos corredores apertados que existem entre os aglomerados de prédios
e subimos e descemos colinas.
Caminhando, passeando, rindo e mesmo chorando,
acabamos por chegar ao nosso destino.
Estendemos o alívio de chegar a um sítio mais confortável,
mais abrigado, melhor dizendo... AO CAUS !
As mãos de antes unidas, agora separam-se pois mil olhos as focam,
cada segundo tudo parece mais cheio, cada passo tem de ser calculado.
Somos peças de um tetris com medo de ser jogadas,
bonecos lentos de olhos atentos ao que nos rodeia e com espírito de jogadores.
Sorriso perdura e a união entre ambos os seres muda de figura
com o tempo a passar...
Após 30 minutos do nosso passeio de inverno, chegou altura de deixar o CAUS, e voltar ao frio.
Frio que nos aquece ao andar,
ar que nos passa pelas almas e que leva as palavras soltas com o vento.
AR PURO, fora dos centros comerciais.
devo dizer-te, com toda a certeza, que escreves mesmo muito bem e adorei este em particular :)
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